sábado, 30 de abril de 2011

O papa que mudou o mundo.

Um dos personagens mais influentes do século XX, João Paulo II será beatificado hoje em tempo recorde
"Santo subito!" (Santo já), gritava a multidão de 400 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, no Vaticano, durante o funeral do papa João Paulo II, em abril de 2005. Esta pressão fará com que "João de Deus"- como é conhecido no Brasil - seja beatificado, hoje, em tempo recorde: seis anos após a sua morte. Normalmente, a Igreja leva cinco anos só para começar todo o processo.

A cerimônia será presidida às 10h (horário local) por Bento XVI, o primeiro pontífice a beatificar o seu antecessor, e assistida por 300 mil pessoas na Praça São Pedro, no Vaticano. Durante a missa, que poderá ser acompanhada pelo site do Vaticano, os restos mortais do papa serão expostos, assim como uma ampola com o seu sangue. Amanhã, o corpo será enterrado na Capela de São Sebastião, numa cerimônia privada.

Apesar da grande popularidade de João Paulo II, alguns setores da mídia e até mesmo da Igreja Católica criticam a rapidez da beatificação. Mas, segundo o padre Evaristo Marques, doutor em Teologia e diretor do mesmo curso da Faculdade Católica de Fortaleza, a causa não foi privilegiada, e seguiu todas as etapas exigidas. "A única exceção foi que o processo se deu mais rápido, mas porque este era um desejo do povo, que queria que ele fosse canonizado já no dia do seu funeral", afirma. "Bento XVI agilizou a causa, algo que o pontífice pode fazer, mas observando tudo o que pede uma beatificação muito seriamente", acrescentou o padre.

Antes de ser considerado beato, a última etapa antes da canonização, o papa recebeu o título de "Venerável Servo de Deus" e teve um milagre comprovado. Para ser santificado, outro milagre deve ser reconhecido. Segundo o cardeal suíço Georges Cottier, teólogo da casa papal de João Paulo II por 15 anos, a canonização também deve ser em tempo recorde.

O papa também é alvo de julgamentos negativos por suas posições conservadoras. Além disso, ele é acusado de ter sido omisso nos casos de pedofilia, o que padre Evaristo nega. "Na época, as coisas não estavam tão claras, ainda não havia sido feita uma investigação. A maioria das críticas tem origem na falta de conhecimento sobre a Igreja", explica. A despeito das acusações, um dos atos mais memoráveis de João Paulo II foi o pedido de perdão pelos erros da Igreja.

Influência

Com 27 anos de pontificado, "João de Deus" foi o terceiro papa a passar mais tempo no cargo, perdendo apenas para São Pedro (30 d.C. - 67 d. C.) e Pio XII (1846 - 1878). Uma das figuras mais influentes do século XX, ele é apontado como um dos responsáveis pela queda do comunismo no Leste Europeu.

Ele foi o primeiro papa a rezar em uma sinagoga, em Roma, o primeiro a entrar em uma mesquita em um país islâmico, em Damasco, na Síria, e o primeiro a presidir um encontro de líderes das maiores religiões mundiais, em 1986.

Segundo o livro "Why a Saint?" ("Por que um santo?"), do monsenhor polonês Slawomir Oder, o papa se flagelava regularmente para imitar o sofrimento de Cristo e se sentir mais perto de Deus e frequentemente dormia no chão. "Em seu armário, um tipo especial de cinto ficava pendurado num cabide, e ele o usava como açoite", escreveu Oder.

Atentado

Em 1981, o extremista turco Mehmet Ali Agca tentou matar o papa, atirando à queima-roupa na Praça São Pedro. Uma bala entrou no abdômen e outra quase acertou o coração. O papa perdoou Agca ainda no leito do hospital. Os motivos por trás da tentativa de assassinato nunca ficaram claros. Após o atentado, João Paulo II sofreu vários problemas de saúde. Muito debilitado pelo Mal de Parkinson, ele morreu aos 84 anos, no dia 2 de abril de 2005.

OPINIÃO DO ESPECIALISTABento XVI dispensou regra canônica
Pelas regras da Igreja Católica, o processo de beatificação (o primeiro grau antes da canonização) só poderia ser aberto cinco anos depois da morte da pessoa. Essa regra pode ter sido dispensada pelo atual papa pelo fato de que Bento XVI foi seu colaborador mais próximo durante mais de 20 anos, conhecendo-o de perto. Na Igreja dos primeiros séculos, foi sobretudo o martírio o sinal de santidade de uma pessoa. Hoje, trata-se de um processo no âmbito do Direito Canônico, no qual é verificada a vida conforme as virtudes morais em "grau heroico", ou seja, além do comum, e é necessário que a Igreja reconheça o acontecimento de dois milagres (um para a beatificação e outro para a canonização) por intercessão do falecido.

Miguel BeckerProfessor de Teologia

O MILAGRE
Freira teria sido curada de Mal de Parkinson
A freira francesa Marie Simon Pierre, 49 anos, sofria de Mal de Parkinson há quatro anos, quando João Paulo II, que também tinha a doença, morreu. Ela conta que começou a rezar para ele, até que sentiu-se "renascida".

No dia 2 de junho de 2005, a superiora de Marie pediu para ela escrever o nome de João Paulo II em um papel, mas o resultado ficou ilegível. Ela rezou para o papa e foi dormir. Na manhã seguinte, resolveu tentar de novo e conseguiu escrever normalmente. Ela também não sentia mais dores. Em 7 de junho de 2006, a freira parou de tomar medicamentos e o seu neurologista constatou "com grande surpresa que os sinais do Mal de Parkinson desapareceram". O caso foi analisado por uma junta médica, que confirmou a cura inexplicável.


Trajetória
18/05/1920
Karol Jozef Wojtyla nasce na cidade de Cracóvia, na Polônia

01/11/1946
É ordenado sacerdote

26/06/1967
É designado cardeal

30/06/1980
Faz primeira visita ao Brasil. Vai a 13 cidades (inclusive Fortaleza) em 12 dias

13/05/1981
Sofre atentado na Praça São Pedro

12/05/1982
Faz visita rápida ao Brasil ao realizar um discurso durante a escala de seu voo para a Argentina

12/12/1991
Faz a terceira visita ao Brasil para beatificar Madre Paulina

12/07/1992
Retira um tumor benigno do abdômen

04/09/1993
Faz a primeira visita de um papa à ex-União Soviética

11/11/1993
É hospitalizado de novo devido a fraturas no ombro e no fêmur

02/01/1998
Reúne-se com Fidel Castro em Cuba

12/03/2000
Pede perdão pelos erros da Igreja

20/03/2000
Peregrinação história à Terra Santa

13/05/2000
Revela o terceiro Segredo de Fátima

02/05/2005
Morre aos 84 anos no Vaticano

01/05/2011
É beatificado por Bento XVI

MARTHA DOS MARTINSREPÓRTER

João Paulo II: o conservador que revolucionou a Igreja.


João Paulo II: o conservador que revolucionou a Igreja
CIDADE DO VATICANO — O Papa João Paulo II (1920-2005) foi um líder religioso muito reverenciado como um dos responsáveis pela ruína do comunismo no Leste Europeu, mas há quem afirme que tenha afastado muitos católicos, com uma visão social conservadora.
Primeiro Papa não italiano em mais de 400 anos, e primeiro do Leste Europeu, o polonês Karol Wojtyla era muito popular, evitando a pompa que cercou seus antecessores e buscando contato com pessoas comuns.
Ele será agraciado no domingo em uma cerimônia solene de beatificação na Basílica de São Pedro que dará ao pontífice a posição de "abençoado" para os mais de 1,1 bilhão de católicos em todo o mundo e vai colocá-lo no caminho da santificação.
Suas viagens o levaram a 129 países, onde defendeu a paz, denunciou o desrespeito aos direitos humanos e lamentou a decadência do mundo moderno.
Ele deixou um de seus atos mais memoráveis para o ocaso de seu pontificado - uma tentativa de purificar a alma da Igreja Católica Romana com um pedido de desculpas para varrer os pecados e erros cometidos durante seus 2.000 anos de existência, evocando implicitamente as Cruzadas, a Inquisição e o Holocausto.
João Paulo II nasceu em uma pequena cidade perto da Cracóvia, no sul da Polônia, em 18 de maio de 1920. Sua mãe morreu quando ele tinha oito anos e seu pai o criou, dando aulas de alemão e ensinando o filho a jogar futebol.
Ele estudou na Universidade Jaguelônica, na Cracóvia, onde ficou fascinado por teatro e escreveu algumas peças.
João Paulo nunca foi membro da resistência polonesa, mas a experiência da guerra levou-o a optar pela vida religiosa.
Ele se tornou pároco e ascendeu rapidamente na hierarquia da Igreja, chegando a cardeal.
Quando foi eleito Papa, em outubro de 1978, João Paulo tinha 58 anos; era um homem de porte atlético que não estava entre os maiores nomes da vasta burocracia da Santa Sé.
Sua primeira visita ao exterior foi a sua Polônia, inaugurando uma era de viagens pelo mundo que durou 27 anos com sua marca registrada de se ajoelhar para beijar o chão na chegada a cada novo destino.
Apesar das advertências dos soviéticos, as autoridades comunistas não foram capazes de impedir a visita do Papa em 1979, quando apareceu diante de mais de um milhão de pessoas que clamavam respeito aos direitos humanos.
O valor simbólico da visita foi imenso, revigorando o movimento anticomunista e levando ao nascimento do sindicato Solidariedade, um movimento de trabalhadores de oposição, dentro da Cortina de Ferro que se estendia na Europa Central e no Leste Europeu.
Com sua imensa popularidade, o Papa afastou muitos católicos por meio de seus ensinamentos morais - principalmente relacionados aos valores familiares, ao sexo fora do casamento, à homossexualidade, ao controle de natalidade, à eutanásia e ao aborto.
Reformistas, congregações jovens e do Terceiro Mundo, que enfrentava a propagação devastadora da Aids, ficaram cada vez mais desapontados com sua recusa em ceder na questão dos métodos contraceptivos.
Afetada pelo escândalo de padres pedófilos, o Papa, a pedido dos bispos americanos, aprovou novas medidas para punir padres que cometessem abusos sexuais.
Em 1981, ele esteve perto da morte quando o extremista turco Mehmet Ali Agca tentou matá-lo, com um tiro à queima-roupa na Praça São Pedro. Uma bala entrou em seu abdômen e outra quase acertou seu coração.
Os motivos por trás da tentativa de assassinato nunca ficaram claros: teorias da conspiração incluindo o serviço secreto búlgaro sob as ordens da KGB e uma tentativa de radicais islâmicos de matar o mais proeminente líder cristão foram citadas.
O Papa disse que a Virgem Maria salvou sua vida e inseriu uma das balas em uma coroa cravejada de diamantes da Virgem de Fátima, em Portugal.
Ele se reuniu com cada grande líder de Estado ou Governo.
Os Estados Unidos, a União Soviética e, depois, a Rússia, os países do antigo bloco soviético, o México, Israel, a Jordânia e a Organização pela Libertação da Palestina estabeleceram relações diplomáticas com o Vaticano durante o seu pontificado.
João Paulo foi o primeiro Papa a rezar em uma sinagoga, em Roma; o primeiro a entrar em uma mesquita em um país islâmico, em Damasco, Síria; e o primeiro a presidir um encontro de líderes das maiores religiões mundiais, em 1986.
João Paulo II sofreu com vários problemas de saúde nos anos 1990, incluindo uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno intestinal, um ombro fraturado, uma fratura no fêmur e o Mal de Parkinson, que o deixou muito debilitado.
Karol Wojtyla morreu aos 84 anos, em 2 de abril de 2005.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Minha homenagem à beatificação do Papa João Paulo ll


Papa João Paulo 2º será exumado antes de beatificação no domingo.


O caixão do papa João Paulo 2º foi exumado nesta sexta-feira, às vésperas de sua beatificação, enquanto dezenas de milhares de pessoas chegavam a Roma para um dos maiores eventos desde o funeral do pontífice em 2005.
O Vaticano disse que o caixão foi retirado da cripta sob a Basílica de São Pedro enquanto altos funcionários do Vaticano e alguns dos auxiliares mais próximos do falecido papa observavam e oravam.
Entre os presentes à cerimônia estavam o cardeal Stanislaw Dziwisz, secretário pessoal e braço direito de João Paulo 2o por décadas, e as freiras polonesas que cuidaram da residência papal durante 27 anos.
O caixão de madeira será colocado diante do altar principal da Basílica de São Pedro. Após a missa de beatificação no domingo,ele permanecerá no local e a basílica ficará aberta até que todos os visitante que quiserem vê-lo o tenham feito.
Em seguida ele será conduzido a uma nova cripta sob um altar em uma capela lateral perto da Pietà, estátua de Michelangelo. A laje de mármore que cobria seu primeiro local de repouso será enviada à Polônia.
O papa será beatificado no dia em que a Igreja comemora a festa móvel da Misericórdia Divina, que neste ano acontece em 1o de maio, a data mais importante do mundo comunista.
A coincidência é irônica, dado que muitos acreditam que o papa desempenhou um papel-chave na queda do comunismo no Leste Europeu.
Enquanto o Vaticano se prepara para deixar o antigo pontífice um passo mais perto da santidade no domingo, Roma foi tomada pela febre da beatificação.
A cidade onde ele foi bispo durante 27 anos está adornada com pôsteres do papa em ônibus e postes de luz, e aguarda uma das maiores multidões desde seu funeral em 2005, quando milhões foram prestar suas homenagens.
Grandes torres de TV estão sendo erguidas ao longo da Via Della Conciliazione, o bulevar que leva do Rio Tibre ao Vaticano.
No mínimo algumas centenas de milhares de pessoas são esperadas para a missa na praça de São Pedro no domingo, quando Bento 16, o sucessor de João Paulo 2º, pronunciará uma fórmula latina declarando um dos papas mais populares da história um "abençoado" da Igreja

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Oração para Dalva Nunes Ferrarezi


Datas do pontificado de João paulo ll


As grandes datas do pontificado de João Paulo II
CIDADE DO VATICANO — Seguem as datas mais importantes do pontificado de João Paulo II, iniciado em 1978:
- 16 de outubro de 1978: eleição de Karol Wojtyla, primeiro Papa polonês da história da Igreja, que adota o nome de João Paulo II. Sucedeu ao Papa João Paulo I, que morreu com apenas 33 dias de pontificado.
- 3 janeiro de 1979: A Santa Sé e o governo espanhol assinam acordos no Vaticano que regulamentam as relações entre a Igreja e o Estado na Espanha pós-Franco.
- 25 de janeiro de 1979: primeira viagem de João Paulo II fora da Itália. É recebido triunfalmente na República Dominicana e México. Nos próximos anos, realiza 80 viagens ao exterior.
- 14 de março de 1979: lança a primeira encíclica "Redemptor hominis" sobre a dignidade do homem.
- 30 de junho de 1979: primeiro consistório para a nomeação de 13 novos cardeais. A identidade de um deles não é divulgada. Depois do consistório de 1981, supõe-se que se tratava do bispo de Xangai, monsenhor Gong Pin-mei.
- 29 de setembro de 1979: João Paulo II fala da Tribuna das Nações Unidas em Nova York.
- 30 de novembro de 1979: primeiro encontro entre o Papa e o chefe da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Dimitrios 1, no final da visita de João Paulo II à Turquia.
- 2 de junho de 1980: primeira visita triunfal do Papa à Polônia, dois anos depois de sua eleição. No dia 7 de junho, João Paulo II reza no campo de concentração nazista de Auschwitz (sul da Polônia).
- 30 de junho de 1980: primeira visita ao Brasil, onde percorreu 13 cidades em 12 dias.
- 13 de maio de 1981: o Papa é vítima de um atentado. O terrorista turco Mehmed Ali Agca dispara contra o Sumo Pontífice e acerta três tiros no abdômen, na mão esquerda e no braço direito. Cogita-se a hipótese de um complô dos serviços secretos dos países do Leste. Os muçulmanos radicais turcos, grupo do qual Mehmed Ali Agca faz parte, também são acusados.
- 15 de setembro de 1981: encíclica "Laborem exercens" (O trabalho se exerce), consagrada aos trabalhadores e ao sindicalismo.
- Maio-junho 1982: o Papa visita a Grã-Bretanha e depois Buenos Aires para tentar deter o conflito das Malvinas. Faz segunda sua visita ao Brasil.
- 25 de janeiro de 1983: o Papa assina o novo código de direito canônico (lei interna da Igreja), que substitui o de 1919. Foram necessários vinte anos para formular o novo código.
- 4 de março de 1983: o Papa é vaiado por ativistas sandinistas (marxistas) durante uma visita à Nicarágua.
- 16 de junho de 1983: o Papa visita pela segunda vez seu país natal e desafia o estado de sítio decretado pelo regime comunista polonês.
- 28 de dezembro de 1983: o Papa vai visitar seu agressor, Mehmed Ali Agca, na prisão de Roma.
- 12 de junho de 1984: visita do Papa ao Conselho Ecumênico das Igrejas (COE) em Genebra.
- 29 de novembro de 1984: assinatura no Vaticano do Tratado de Paz entre a Argentina e o Chile, concluído graças à mediação da Santa Sé.
- 19 de fevereiro de 1985: o primeiro-ministro israelense Shimon Peres visita o Papa.
- 27 de fevereiro de 1985: o ministro soviético de Assuntos Exteriores, Andrei Gromyko, é a maior autoridade soviética a visitar o pontífice.
- 2 de julho de 1985: encíclica "Slavorum Apostoli" (Os apóstolos dos Escravos). Apelo a favor da liberdade religiosa.
- 3 de fevereiro de 1986: o Papa se encontra com a Madre Teresa de Calcutá.
- 13 de abril de 1986: pela primeira vez, o Papa visita uma sinagoga. Um fato histórico que acontece em Roma.
- 18 de maio de 1986: encíclica "Dominum et vivificantem" (É o Senhor e dá a vida), consagrada à defesa da fé contra o materialismo.
- 27 de outubro de 1986: jornada mundial da oração pela paz em Assis, com a participação das autoridades de todas as Igrejas das religiões do mundo inteiro.
- 8 de janeiro de 1987: primeiro embaixador dos Estados Unidos no Vaticano, depois do estabelecimento das relações diplomáticas.
- 7 de dezembro de 1987: declaração comum do Papa e do chefe da Igreja Ortodoxa de Constantinopla sobre o diálogo ecumênico.
- 28 de junho de 1988: aprovação da nova Constituição que reforma a Cúria Romana.
- 11 de outubro de 1988: visita do papa ao Parlamento Europeu de Estrasburgo.
- 27 de setembro de 1988: carta apostólica "Mulieris dignitatem" sobre a dignidade da mulher.
- 1 de dezembro de 1989: Mikhail Gorbachov vai ao Vaticano. Primeiro encontro entre o chefe da Igreja Católica e o líder soviético.
- 6 de março de 1991: cúpula no Vaticano de eclesiásticos e presidentes das conferências episcopais afetados pela Guerra do Golfo.
- 4 de abril de 1991: consistório extraordinário consagrado às "ameaças contra a vida humana", entre elas o aborto.
- 1 de maio de 1991: encíclica "Centesimus annus", por ocasião do centenário de Leão XIII; "Rerum novarum", a primeira grande encíclica católica sobre as questões sociais.
- 15 de agosto de 1991: mais de um milhão de jovens se reúnem com o Papa em Czestochowa (Polônia) para a Jornada Mundial da Juventude.
- 12 de outubro de 1991: terceira visita ao Brasil, quando beatificou Madre Paulina.
- 12 de julho de 1992: João Paulo II operado de um tumor benigno no intestino.
- 9 de maio de 1993: o Papa visita Agrigento (Sicília) e faz um discurso contra a máfia.
- 6 de agosto de 1993: encíclica "Veritatis splendor" (O esplendor da verdade) que reafirma as posições tradicionais da Igreja Católica sobre as questões morais e éticas.
- 4-10 de setembro de 1993: o Papa vai pela primeira vez à ex-União Soviética para visitar a Lituânia, Letônia e Estônia.
- setembro de 1993: a Santa Sé estabelece relações diplomáticas com o México.
- 16 de outubro de 1993: o Papa se encontra com Alexandre Soljenitsyne.
- 11 de novembro de 1993: o Papa foi hospitalizado de novo devido a uma fratura e uma luxação no ombro direito.
- 30 de dezembro de 1993: assinatura de um importante acordo entre a Santa Sé e Israel, primeiro ato jurídico entre os dois Estados.
- 29 de abril de 1994: nova hospitalização do Papa com uma fratura no fêmur direito, depois de uma queda no banho.
- 29 de setembro de 1994: apresentação das credenciais do primeiro embaixador de Israel no Vaticano.
- 25 de outubro de 1994: estabelecimento das relações oficiais entre a Santa Sé e a OLP.
- 10 de novembro de 1994: o Papa assina a Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente (Pela chegada do Terceiro Milênio) com as indicações para o Grande Jubileu do ano 2000.
- janeiro de 1995: em Manila, por ocasião do Dia Mundial da Juventude, o Papa foi aclamado por quatro milhões de pessoas, o maior público de uma cerimônia do seu pontificado.
- 25 de março de 1995: encíclica "Evangelium vitae" (O Evangelho da vida), que condena veementemente o aborto e a eutanásia.
- 16 de setembro de 1995: João Paulo II se reúne com Nelson Mandela em Johannesburgo, África do Sul, país que não quis visitar enquanto vigorou o regime de segregação racial.
- 23 de fevereiro de 1996: o Papa publica a constituição apostólica "Universi Dominici gregis", que reforma as regras do conclave para a eleição de pontífice.
- 7 de outubro de 1996: João Paulo II é hospitalizado com apendicite.
- 24 de agosto de 1997: João Paulo II preside as Jornadas Mundiais da Juventude no hipódromo de Longchamp de Paris, aclamado por milhares de jovens de todo o mundo.
- 02 de outubro de 1997: quarta viagem ao Brasil.
- 22 de janeiro de 1998: João Paulo II se encontra com Fidel Castro em Cuba.
- 12 de março de 1998: o Papa assina o documento "Lembremos: uma reflexão sobre o Holocausto"
- 14 de setembro de 1998: o Papa assina a última encíclica "Fides et ratio" (A fé e a razão) sobre as relações entre a fé e a razão.
- 5 a 17 de junho de 1999: última visita à Polonia e a viagem mais longa fora da Itália: permaneceu 13 dias fora do Vaticano e visitou 20 cidades.
- 24 de dezembro de 1999: o Papa abre a Porta Santa da Basílica de São Pedro, inaugurando assim o Jubileu do Ano 2000.
- 15 de fevereiro de 2000: o Papa assina um acordo histórico com os palestinos, que oficializa as atividades da Igreja Católica nos territórios autônomos.
- 12 de março de 2000: em uma cerimônia de "autopurificação" sem precedentes na história do catolicismo, João Paulo II pede "perdão" a Deus pelos pecados cometidos no passado pelos católicos contra os judeus.
- 20 a 26 de março de 2000: histórica visita do Papa à Jordânia e Terra Santa (Israel e Territórios palestinos) 26 anos depois da de Paulo VI, seguindo os passos de Moisés e Cristo. Um mês antes, João Paulo II tinha visitado o Monte Sinai, onde, segundo a Bíblia, Moisés recebeu as tábuas de leis.
- 12 a 13 de maio de 2000: o Papa revela o mistério de Fátima em Portugal.
- 5 a 9 de maio de 2001: peregrinação do Sumo Pontífice pelo caminho de São Paulo na Grécia, Síria e Malta.
- 23 a 27 de junho de 2001: polêmica viagem à Ucrânia, marcada pelas discordâncias com o patriarcado de Moscou.
- 22 a 27 de setembro de 2001: primeira visita de um Sumo Pontífice a Armênia e Cazaquistão, antigas repúblicas soviéticas.
- 23 de julho a 3 de agosto de 2002: João Paulo II apela aos indígenas que protagonizem seu próprio destino durante sua visita ao México e Guatemala.
- 16 a 19 de agosto de 2002: oitava viagem à Polônia, consagrada a visitar locais vinculados a seu passado.
- Fevereiro de 2003: João Paulo II faz um apelo contra a resignação, afirmando que a guerra no Iraque "pode ser evitada". Recebe vários líderes mundiais e pede que façam todos os esforços possíveis para evitar uma guerra no Iraque.
- 22 de junho de 2003: João Paulo II pede perdão pelos crimes cometidos por membros da comunidade católica na Croácia e Bósnia, divididas por uma guerra sangrenta entre 1992 e 1995.
- 11 a 14 de setembro de 2003: difícil visita à Eslováquia de João Paulo II, visivelmente afetado pelo mal de Parkinson.
- 5 a 6 de junho de 2004: o Papa, ligeiramente recuperado, volta a viajar, à Suíça, sem poder levantar-se de seu trono com rodas.
- 14-15 de agosto 2004: João Paulo II faz uma peregrinação a Lourdes por ocasião do 150º aniversário da proclamação do dogma da Imaculada Concepção da Virgem Maria.
- 2 de abril de 2005: João Paulo II, que nasceu em uma pequena cidade perto da Cracóvia, no sul da Polônia, em 18 de maio de 1920, morre aos 84 anos